Descubra quanto cobrar pelas suas consultas médicas

Se cálculos financeiros não são o seu forte, é recomendável que você leia este artigo até o final. Ele foi idealizado justamente para aqueles que além de não terem a matemática como aliada, ainda sentem dificuldades para cobrar pelos seus serviços — afinal, esta realmente é uma tarefa um tanto quanto complicada.

Em primeiro lugar, é preciso ter em mente que tudo é uma questão de equilíbrio. É indiscutível que no final do mês é preciso pagar as contas e ainda garantir a saúde financeira do consultório médico.

No entanto, valores altos demais assustam os pacientes, seja devido à competitividade de preços da concorrência ou pela falta de recursos dos quais eles dispõem. Portanto, é dessa forma que deve ser feito o balanço inicial para a precificação das consultas.

Pesquisa de mercado

O primeiro passo é saber onde se está pisando: é necessário definir quem são os potenciais pacientes e quais os concorrentes na área de atuação em questão. Para conhecer os indivíduos, a localização também é importante, já que é um fator determinante para traçar um perfil daqueles que chegarão até a porta do empreendimento.

Veja algumas perguntas que podem ser utilizadas para estabelecer o panorama:

– Quais são os objetivos dos pacientes dentro da minha especialidade?

– Quanto esses pacientes ganham mensalmente, em média?

– Quanto eles pagam pelas suas consultas atualmente?

– Quanto eles estariam dispostos a pagar por um atendimento como o meu?

– Quais são as suas expectativas de atendimento?

Além disso, os profissionais do mesmo segmento ao redor da região determinam valores competitivos que não devem ser negligenciados. Nesse quesito, deve-se levar em conta fatores como quantidade de profissionais próximos, valores cobrados por estes, diferenciais que você e/ou eles oferecem, entre outros tópicos importantes para cada especialidade como aparelhos, localização, atendimento, etc.

Levantamento interno

Em seguida, é essencial conhecer a estrutura e os gastos internos do local de atendimento. Neste ponto, entram em discussão elementos como custos mensais (água, luz, internet, entre outros), custos pontuais (mobília, equipamentos, instrumentos), manutenções eventuais e periódicas, salários de colaboradores, médicos, etc.

Nesta etapa, cada valor deve ser contabilizado, pois é o que garantirá a saúde do negócio. Afinal, a infraestrutura geral do consultório também faz a diferença no momento de escolha. Pegue como exemplo uma experiência pessoal: é comum que se opte por locais que transmitem uma maior confiança, conforto e seriedade, correto? Portanto, estes também devem estar inclusos na conta final.

Os lucros

Após a apuração de todas as despesas do consultório, está na hora de definir metas e traçar limites. Assim, é indicado que se estabeleça um percentual de ganhos baseados nesses valores.

Uma boa dica é iniciar essa conta pelas horas trabalhadas, incluindo feriados, férias, recessos e tempo de atendimento. A organização prévia de um calendário de gerenciamento pode ajudar. Dessa maneira, é possível contar os dias de funcionamento, multiplicar pelas horas trabalhadas diariamente e dividir pelos gastos que estas horas acarretarão.

Como resultado, teremos o custo médio de cada atendimento feito por hora. Em cima deste valor, é possível estabelecer a margem de lucro possível, sempre respeitando os limites e encontrando o balanço ideal frente à demanda da concorrência e as possibilidades do público-alvo.

Ajuda profissional

Enquanto médicos, sempre utiliza-se o argumento de que a consulta com um profissional é essencial para todos os casos. O mesmo acontece quando o assunto é sustentabilidade financeira de um empreendimento.

Na dúvida, é recomendado que procure-se um profissional especializado em gestão financeira para garantir que tudo ocorra nos devidos conformes. Ademais, também é importante destacar a influência de se contar com bons parceiros, sejam eles fornecedores, colaboradores ou instituições de apoio ao profissional.

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